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Novo estudo mostra que a indústria de notícias colhe vantagens econômicas consideráveis do Facebook

Destaques

  • Uma nova pesquisa da NERA Economic Consulting mostra que as alegações dos publishers de notícias de que o Facebook se beneficia injustamente às custas deles estão erradas.
  • Os veículos tomam uma decisão comercial e optam por compartilhar links com seus conteúdos porque se beneficiam do tráfego das plataformas de rede social. O Facebook não coleta ativamente links ou conteúdos de notícias da Internet.
  • O relatório global da NERA concluiu que o conteúdo com notícias de veículos tradicionais não é crucial para a Meta e está em queda, e as postagens com links para notícias representam menos de 3% do que as pessoas veem em seus feeds do Facebook.

A forma como consumimos notícias está sempre mudando. Primeiro o rádio, depois a televisão e, agora, a Internet mudaram os hábitos das pessoas e tiveram impacto na publicação tradicional de notícias. Dados da S&P Global Market Intelligence mostram que o declínio na circulação de jornais diários começou muito antes da adoção generalizada da internet em meados da década de 1990. Nos Estados Unidos, a receita de anúncios classificados atingiu o pico em 2000, o mesmo ano em que o Craigslist se expandiu para cobrir todo o país.

A relação entre veículos de notícias tradicionais e plataformas de rede social tem sido objeto de muito debate nos últimos anos, com os publishers frequentemente afirmando que a Meta se beneficia injustamente de links com notícias compartilhados no Facebook. Isso tem influenciado os legisladores em vários países, onde têm sido propostas ou promulgadas leis que exigem que as empresas baseadas na Internet paguem aos veículos de notícias. No entanto, um novo estudo publicado hoje mostra que essas afirmações estão erradas.

Um novo relatório global da NERA Economic Consulting, encomendado pela Meta, concluiu que:

  • A troca atual dos mercados é justa: os conteúdos com notícias dos veículos tradicionais não são cruciais para a Meta e estão em declínio, enquanto os veículos se beneficiam do tráfego vindo de aplicativos de rede social.
    • Os editores colhem “vantagens econômicas consideráveis” do uso do Facebook, constituindo aproximadamente 1% a 1,5% de suas receitas.
    • Globalmente, 90% das visualizações orgânicas em links com artigos de veículos de notícias estão em links postados pelos próprios publishers, não por usuários do Facebook.
  • Os hábitos estão mudando: a proporção de adultos que usam o Facebook para ler notícias caiu cerca de um terço entre 2016-2022, de 45% para 30%.
    • Apenas 13% dos adultos americanos preferem usar as mídias sociais para notícias, com 33% preferindo televisão, 23% sites ou aplicativos de notícias, 7% rádio e 5% impressos.
    • Muitos usuários do Facebook acham que há notícias “demais” na plataforma, incluindo 21% dos usuários do Reino Unido, 20% dos americanos, 20% dos australianos e 20% dos canadenses.
  • As notícias não são uma parte substancial do que circula no Facebook globalmente: menos de 3% do que as pessoas veem em seus Feeds do Facebook são publicações com links para artigos de notícias.
    • Mais de 92% dos itens orgânicos do Feed do Facebook nos EUA não continham links para nenhum conteúdo externo no terceiro trimestre de 2022.

O relatório tem autoria do Dr. Jeffrey Eisenach, da NERA, professor adjunto da Faculdade de Direito da Universidade George Mason, que anteriormente ocupou cargos políticos relevantes na Comissão Federal de Comércio dos EUA e no Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca. Em seus resultados, a pesquisa deixa claro que “não há fundamento econômico para as alegações dos veículos de notícias de que o Facebook é uma plataforma ‘essencial’ para os publishers ou que possui um ‘desequilíbrio de poder de barganha’”.

O documento também afirma: “As intervenções governamentais propostas destinadas a forçar a Meta a fornecer compensação financeira aos veículos com base em alegações de poder de mercado ou poder de barganha desproporcional não são justificadas pelas evidências disponíveis.”

As descobertas da NERA estão de acordo com outro relatório recente do think-tank britânico IEA, que afirmou: “Em geral, só porque as plataformas digitais se beneficiaram da revolução digital não as torna responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pelos jornais. Google e Meta não levaram dinheiro dos veículos de notícias, assim como Henry Ford não roubou da indústria de cavalos e carruagens. Novas tecnologias surgiram, as preferências do consumidor mudaram, e os modelos de negócios anteriores desmoronaram.”

Em um momento em que enfrentamos forte concorrência e desafios econômicos globais, nosso foco está em nosso negócio principal e em responder ao que nossos usuários desejam. Para a maioria de nossos usuários, não são links com notícias. Os usuários do Facebook estão cada vez mais interessados em conteúdo de criadores, especialmente vídeos.

É por isso que, no ano passado, começamos a encerrar o suporte para algumas ferramentas usadas por veículos, incluindo Instant Articles, Bulletin e indicadores de notícias de última hora. Não esperamos oferecer novos produtos do Facebook especificamente para veículos de notícias no futuro porque, como demonstra esta pesquisa, acessar notícias simplesmente não é o motivo pelo qual a maioria das pessoas usa nossos aplicativos. Obviamente, os publishers ainda poderão postar links para suas histórias e direcionar as pessoas para seus sites da mesma forma que qualquer outro indivíduo ou organização.

No Canadá, onde a proposta de Lei de Notícias Online pode exigir que a Meta pague por links ou conteúdos que não publicamos, e que não são o motivo pelo qual a grande maioria das pessoas usa nossos aplicativos, informamos que acabaremos com a disponibilidade de conteúdos de notícia no Facebook e Instagram para pessoas no Canadá se a lei for aprovada em sua forma atual. Assumimos uma posição semelhante nos EUA no ano passado.

Claro, a Internet tem sido disruptiva para a indústria de notícias. Quando os anúncios começaram a passar do impresso para o digital, a economia das notícias mudou, e a indústria foi forçada a se adaptar. Alguns fizeram essa transição para o mundo online com sucesso, enquanto outros lutaram para fazê-lo.

Mas, como demonstra esta pesquisa, argumentar que plataformas como o Facebook estão se beneficiando injustamente às custas dos editores de notícias é um mal-entendido fundamental sobre a troca de valor entre os dois. O Facebook não coleta ativamente links ou conteúdo de notícias da Internet e os coloca nos feeds das pessoas.

 Na grande maioria dos casos, são os próprios veículos que optam por compartilhar links para suas histórias nas mídias sociais ou disponibilizá-los para serem compartilhados por outras pessoas, porque obtêm valor com isso. É por isso que eles têm botões em suas páginas incentivando os leitores a compartilhar seus artigos. E, se você clicar em um link compartilhado no Facebook, será direcionado ao site do editor, onde ele fica com 100% de qualquer receita gerada por essa visita.

A relação entre veículos tradicionais e o Facebook representa uma negociação justa no mercado. A evidência mostra que os publishers de notícias, por meio de seus próprios esforços, obtêm um valor considerável a partir de links para conteúdos com notícias que eles postaram voluntariamente no Facebook.



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