Por Paul Grewal, Vice-presidente Jurídico
Hoje fizemos um acordo com a Procuradoria Geral do Distrito de Colúmbia, em Washington, para tornar público um documento de setembro de 2015 no qual funcionários do Facebook discutem a raspagem de dados públicos. Acreditamos que o documento tem o potencial de gerar confusão sobre dois eventos diferentes relacionados ao nosso conhecimento do caso Cambridge Analytica. Não há informações substancialmente novas nesse documento e as questões tinham sido reportadas anteriormente. Como dissemos muitas vezes, inclusive a um comitê parlamentar britânico na semana passada, são duas questões distintas. Uma envolveu relatos não confirmados de raspagem – acesso ou coleta de dados públicos de nossos produtos por meios automatizados – e a outra envolveu violações de políticas por Aleksandr Kogan, um desenvolvedor de aplicativos que vendeu dados de usuários para a Cambridge Analytica. Esse documento prova que os assuntos são distintos, e confundi-los tem o potencial de gerar confusão para as pessoas.
O Facebook não tomou conhecimento de que Kogan vendeu dados para a Cambridge Analytica até dezembro de 2015. Esse é um fato que testemunhamos sob juramento, que descrevemos aos nossos principais reguladores e que sustentamos.
Aqui está a linha do tempo: em setembro de 2015, um funcionário do Facebook compartilhou rumores vindos de um concorrente da Cambridge Analytica, que alegou que a empresa de análise de dados estava raspando dados públicos. São situações em que alguém pode ver o perfil de outra pessoa no Facebook, mesmo não sendo amigo dessa pessoa – um problema sério, mas frequente em toda a internet. Um engenheiro analisou essa suspeita e não conseguiu encontrar evidências de raspagem de dados. Ainda que tal denúncia tivesse sido confirmada, tais incidentes não indicariam naturalmente a escala da má conduta que Kogan havia cometido.
A primeira indicação do envolvimento de Kogan não veio até dezembro de 2015, três meses depois. Esse incidente envolveu a agora amplamente conhecida e venda não autorizada de dados para a Cambridge Analytica.
O caso Cambridge Analytica foi um erro para nós, e temos trabalhado muito para endereçar a situação. Aprendemos muitas lições que nos ajudarão a nos tornar uma empresa mais forte no futuro.