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Facebook abre Estação Hack para capacitar jovens brasileiros

Centro para inovação do Facebook em São Paulo inicia cursos gratuitos de capacitação tecnológica para jovens e divulga lista das primeiras 10 startups nacionais que serão aceleradas no espaço. Projeto Cineastas 360 é lançado no local

O Facebook abre nesta segunda-feira (11) a Estação Hack, seu primeiro centro de apoio à inovação no mundo com bolsas para cursos de programação, desenvolvimento de aplicativos e empreendedorismo digital, ajudando a preparar os jovens brasileiros para as profissões do futuro. A empresa também divulga as primeiras 10 startups de impacto social que serão aceleradas no espaço em São Paulo.

“O Brasil é um país muito importante para o Facebook. Com a Estação Hack, reforçamos ainda mais nosso compromisso com o desenvolvimento do Brasil, ajudando a formar jovens talentos na área de tecnologia, apoiando o empreendedorismo e estimulando a inovação”, afirma Diego Dzodan, Vice-Presidente do Facebook e Instagram para America Latina.

A capacitação digital é cada vez mais importante para a empregabilidade do jovem brasileiro. Pesquisa feita pela Morning Consult, encomendada pelo Facebook, mostrou que 82% das micro e pequenas empresas no Brasil acreditam que as habilidades digitais são mais importantes na hora de contratar do que a escola onde alguém estudou. Para 85% delas, recrutar profissionais capacitados é considerado um desafio.

As aulas das primeiras turmas de cursos de programação e de desenvolvimento de aplicativos na Estação Hack começam no dia 12. Por ano, serão oferecidas 7.400 bolsas a jovens como Letícia de Morais Celestino, de 20 anos. “Aprender uma linguagem de programação vai me abrir portas no futuro e gerar oportunidades de carreira”, afirma ela.

Além do pilar educacional, a Estação Hack hospedará startups que fazem uso intensivo de dados em suas soluções e com potencial de gerar transformações positivas à sociedade em larga escala.

Foram selecionadas 10 startups para a primeira etapa de aceleração, que acontece de janeiro a junho de 2018. Ao todo, mais de 760 startups se inscreveram em busca de uma vaga no programa. As startups escolhidas oferecem soluções voltadas à empregabilidade de jovens e adultos de baixa renda, educação, segurança de dados, engajamento cívico, serviços financeiros para inclusão ou educação financeira e microempreendedorismo.

Para Rodolfo Fiori, fundador da Muove, uma das startups aceleradas na Estação Hack, “estar aqui é um orgulho porque são empresas que estão pensando de alguma forma em mudar o Brasil e melhorar a vida das pessoas, principalmente as de baixa renda. Ter um projeto do Facebook que pode nos ajudar a fomentar esse ecossistema é super importante e ficamos felizes com o impacto que esse programa vai ter na vida dos empreendedores sociais.”

A Estação Hack representa o maior investimento já feito pelo Facebook na América Latina e está localizada no coração da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista. O espaço colaborativo fica em uma área exclusiva dentro da WeWork.

Os cursos e os workshops serão ministrados por parceiros reconhecidos em suas áreas de atuação: Mastertech, MadCode, Reprograma, JuniorAchievement e Centro de Empreendedorismo e Negócios da FGV (FGVcenn). A Artemisia, organização sem fins lucrativos pioneira no fomento de negócios, trabalhará com o Facebook no programa de aceleração de startups.

A Estação Hack oferecerá, ainda, curso de gestão de empresas em parceria com o FGVcenn e sessões dos programas de marketing digital do próprio Facebook. Desde 2015, esses programas já capacitaram mais de 200 mil pequenos e médios empreendedores brasileiros, por meio de workshops presenciais e online.

Projeto Cineastas 360

Na abertura da Estação Hack, o Facebook também anuncia que lançará em 2018 o Projeto Cineastas 360, voltado a rede pública de ensino. As escolas ganharão equipamentos para a produção de vídeos usando tecnologia 360 e os professores terão treinamento realizado em parceria com a ONG Recode, voltada ao empoderamento digital e que trabalha com instituições comunitárias, bibliotecas e escolas públicas. No desafio, grupos de alunos competirão pelo melhor vídeo 360.

 

As dez startups selecionadas para o programa de aceleração da Estação Hack

Empregabilidade

Kunla (http://www.kunla.social/)
Fundada em 2014, a Kunla desenvolveu uma plataforma que permite que mães possam trabalhar de maneira autônoma em suas próprias comunidades e gerar a própria renda, por meio da atividade de recrutamento e seleção de profissionais. As mães tornam-se agentes de recrutamento e indicam profissionais moradores de suas comunidades para vagas nas empresas que contratam os serviços da Kunla.
Empreendedores: Leonardo Carneiro e Marcelino Badin

TAQE (http://taqe.com.br)
TAQE é um jogo criado em 2016 que prepara as pessoas para o mercado de trabalho e oferece vagas de emprego que tenham a ver com o perfil do candidato. Com aulas e testes interativos a partir de um app, as pessoas descobrem seu potencial, ganham pontos e desbloqueiam vagas de emprego reais, tornando a qualificação e a busca por trabalho algo divertido.
Empreendedores: Renato Dias, Denise Asnis e Ernesto van Peborgh

Serviços Financeiros

Banco Maré (http://bancomare.com.br)
Fundado em 2016, o Banco Maré é uma startup social que oferece serviços bancários para regiões que normalmente não teriam acesso ao sistema financeiro. O Maré tem sua moeda digital própria, a Palafita, e por meio de um app permite que as pessoas paguem suas próprias contas, transfiram valores e façam compras sem perder o controle de seus gastos.
Empreendedores: Alexander Albuquerque, Vitor Knipp, Benjamin Drouin e Ronaldo de Albuquerque

SmartSíndico (http://www.smartsindico.com.br/)
O SmartSíndico é um app que ajuda síndicos e moradores de condomínios a fazer uma administração mais simples e econômica, zelando pela manutenção e pela redução de custos e de conflitos. A partir de aulas online sobre sustentabilidade, finanças e temas relacionados, a startup dá a autonomia necessária para melhorar a gestão de um condomínio, com foco em habitações de interesse sociais, como CDHU e Cohabs.
Empreendedores: Laerte Temple, Cássio Thut, Guilherme Ribeiro, Bárbara Garcia e Juraci B. Garcia

Educação

Redação Online (http://redacaonline.com.br/lp/)
A Redação Online é uma solução que viabiliza correções de redações preparatórias para ENEM, Vestibulares e Concursos, com qualidade e em escala nacional, com comentários detalhados, recomendações de reescrita e chat para conversar com professores e corretores. O serviço atende a 32 mil alunos, sendo 35% oriundos de escolas públicas.
Empreendedores: Otávio Rodrigues e Edson Mayer

Microempreendedorismo

Diaspora.Black (https://diaspora.black/)
A Diaspora.Black é uma plataforma de hospedagem focada em viajantes e anfitriões interessados em promover a cultura negra, com foco no empoderamento e fortalecimento econômico da comunidade negra. A plataforma realiza a mediação de oferta e procura de acomodações por temporada e venda de produtos e serviços.
Empreendedores: Carlos Humberto da Silva Filho, Antonio Pita e André Ribeiro

YouTrendz (http://youtrendz.com/)
A Youtrendz é uma rede voltada à venda, compra e compartilhamento, com foco no micro e pequeno empreendedor. Funciona como um marketplace para exposição de produtos de forma gratuita, que apoia o aumento de renda desse público, permitindo que qualquer empreendedor possua sua própria loja virtual.
Empreendedores: Nanda Carvalho e Rodrigo Antunes

Engajamento Cívico

Pluvi.On (www.pluvion.com.br)
A Pluvi.On utiliza uma rede de estações meteorológicas proprietárias para gerar alertas antecipados e em tempo real para a população em relação a eventos climáticos extremos, como enchentes e deslizamentos. Para os negócios, cria redes de sensores que ajudam a aumentar a previsibilidade e resistência a fatores climáticos que afetam suas operações.
Empreendedores: Diogo Tolezano, Pedro Godoy, Mariana Marcilio, Murilo Souza e Hugo Santos

Muove (https://www.muovebrasil.com)
A plataforma e-Muove identifica ineficiências nas finanças municipais e sugere ações de melhoria ao gestor público, através de uma plataforma fechada. A plataforma possui ainda uma área aberta que funciona como um mecanismo de transparência, permitindo maior controle da sociedade civil.
Empreendedores: Ricardo Ramos e Rodolfo Fiori

Simbiose Social (https://www.simbiose.social/)
A Simbiose Social é uma plataforma criada a partir do cruzamento de todos os dados públicos referentes a Leis de Incentivo no país. De um lado, o Sistema de Empresas otimiza a gestão do recurso e permite buscar os projetos. Do outro, o Sistema de Projetos empodera projetos sociais ao municiá-los com informações referentes ao perfil das empresas.
Empreendedores: Raphael Mayer e Mathieu Anduze