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ITS e Redes Cordiais se unem para aumentar a resiliência cibernética de jornalistas nas eleições municipais de 2020

Projeto apoiado pelo Facebook contará com diversas ações como cursos online, manual de boas práticas para redações e rede de apoio para jornalistas

As novas tecnologias mudaram o ecossistema da informação. Na era digital, o jornalista precisa estar presente nas mídias sociais. Elas são fonte de pautas, de contatos, de divulgação do trabalho e de engajamento com o público. Por outro lado, as mídias sociais dificultam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, trazem novas questões de cunho ético e legal, e exigem um novo olhar para temas como a ciber-segurança e privacidade dos próprios profissionais de imprensa. Se faz necessário ainda cuidado redobrado com a saúde mental dos repórteres e moderadores de redes da imprensa.

Com o objetivo de criar redes de apoio e dar recursos a esses profissionais, o projeto Da rede social à rede de apoio: ciber-resiliência para jornalistas pretende capacitar o repórter com as novas competências exigidas pelos desafios digitais.

“A proteção do jornalista é uma forma de a gente proteger a produção de informação de qualidade. Não tem como combater a desinformação sem promover quem traz informação segura, com metodologia e institucionalidade”, afirmou Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio).

O projeto, que conta com apoio do Facebook Journalism Project, terá atuação em três frentes que visam promover o melhor uso das redes sociais e reduzir potenciais impactos negativos que a exposição na internet pode causar. São elas:

  1. Cursos ao vivo e online que capacitam jornalistas a usarem as mídias sociais a seu favor, manterem o controle dos seus dados pessoais e aprenderem sobre as melhores práticas nos usos de mídias sociais pela imprensa e técnicas para garantir a proteção da privacidade na internet. Abordaremos também o Direito como ferramenta para o jornalista, e a liberdade de expressão no contexto online.
  2. Manual de boas práticas para redações – o manual, voltado para diretores, gestores e editores, conterá linhas gerais de como criar uma cultura de ciber-segurança nas redações, protocolos e canais claros de denúncia conhecidos por toda a equipe e formas de monitoramento dos casos.
  3. Rede de apoio para jornalistas – Precisamos olhar também para o impacto psicológico daqueles que são alvos de críticas ou estão na linha de frente moderando a página de seus veículos atacado diariamente. Pensando nisso, o projeto criará uma comunidade de apoio entre pares.

Com ações concentradas nos meses que antecedem as eleições, a expectativa é que o projeto beneficie ao menos mil jornalistas, reduzindo a sua vulnerabilidade digital, e melhore a capacidade institucional de veículos que atuarão na cobertura das eleições municipais de 2020.

“A credibilidade da imprensa vem sendo posta em xeque. Além de ataques contra jornalistas on e offline, preocupa a tendência de queda do Brasil no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras, que ocupa agora o 107° lugar, entre 180 países listados. Dar recursos e apoio para que os profissionais de imprensa respondam a esses novos desafios é o primeiro passo para reconquistar a confiança e preservar o equilíbrio emocional,” defendeu Clara Becker, jornalista cofundadora do Redes Cordiais.

O primeiro curso, Mídias sociais e jornalismo: reduzindo riscos e engajando a audiência, começará no dia 14/07. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas através do link: https://itsrio.org/pt/cursos/midias-sociais-e-jornalismo-reduzindo-riscos-e-engajando-audiencia/



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