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Como estamos lidando com a desinformação em nossos aplicativos

Por Guy Rosen, vice-presidente de Integridade

É tentador pensar na desinformação como um desafio isolado que pode ser resolvido com uma única solução. Infelizmente, não é o caso. Pensar nessa questão dessa maneira também é perder a oportunidade de endereçá-la de forma abrangente. Lidar com a desinformação requer, na verdade, o enfrentamento de vários desafios, incluindo contas falsas, comportamento enganoso e conteúdo enganoso e nocivo. Como responsável pela integridade de nossos produtos, gostaria de fornecer uma atualização sobre como abordamos cada um desses desafios.

Vamos começar com contas falsas. Adotamos uma postura rígida contra essa atividade e bloqueamos milhões de contas falsas todos os dias, a maioria delas no momento de sua criação. Entre outubro e dezembro de 2020, desativamos mais de 1,3 bilhão delas (dado atualizado: 1,3 bilhão, entre janeiro e março de 2021). Também investigamos e derrubamos operações de influência estrangeira e doméstica apoiadas no uso de contas falsas. Desde 2017, removemos mais de 150 redes de comportamento inautêntico coordenado (CIB, na sigla em Inglês) de nossa plataforma e mantemos o público informado sobre nossos esforços por meio de relatórios mensais.

Também reprimimos o comportamento enganoso. Descobrimos que uma das melhores maneiras de combater esse comportamento é interrompendo a estrutura de incentivos econômicos por trás dele. Criamos equipes e sistemas para detectar e atuar contra táticas de comportamento não autêntico por trás de muitos conteúdos ‘caça-cliques’ (clickbait). Também usamos inteligência artificial para nos ajudar a identificar fraudes e aplicar nossas políticas contra contas inautênticas com propósito de disseminar spam.

A desinformação também pode ser publicada por pessoas ainda que não estejam agindo de má fé. Para endereçar esse desafio, construímos uma rede global de mais de 80 verificadores de fatos independentes, que revisam conteúdo em mais de 60 idiomas. Quando eles classificam algo como falso, reduzimos sua distribuição para que menos pessoas vejam e adicionamos um rótulo de aviso com mais informações para quem ainda assim visualizar esse conteúdo falso. Sabemos que, quando uma tela de aviso é colocada em uma publicação, 95% das vezes as pessoas não clicam para visualizar o conteúdo por trás do alerta. Também notificamos a pessoa que publicou aquele conteúdo marcado como falso e reduzimos toda a distribuição de posts de Páginas, Grupos e domínios que compartilham desinformação repetidamente. Conteúdos mais graves de desinformação que possam causar danos às pessoas no mundo offline – como falsas alegações sobre a COVID-19 e vacinas ou conteúdo para desestimular as pessoas de votarem em uma eleição – são removidos do Facebook e do Instagram,

Nos últimos anos, investimos na proteção de nossa comunidade e agora temos mais de 35 mil pessoas trabalhando nesses desafios. Estamos progredindo graças a esses investimentos significativos em pessoas e em tecnologia, como Inteligência Artificial. Desde o início da pandemia, usamos nossos sistemas de Inteligência Artificial para nos ajudar a identificar e remover materiais relacionados à COVID-19 que especialistas em saúde global sinalizaram como desinformação e, em seguida, detectar cópias quando alguém tenta compartilhar esses conteúdos. Como resultado, já removemos mais de 12 milhões* de conteúdos falsos sobre COVID-19 e vacinas que poderiam causar danos às pessoas no mundo offline (*dado atualizado em Junho/2021: 18 milhões)

Mas não é suficiente apenas limitar a desinformação que as pessoas podem ver. Também conectamos pessoas a informações confiáveis de especialistas de credibilidade. Fazemos isso por meio de ambientes centralizados – como a nossa Central de Informações sobre a COVID-19 e a Central de Informações sobre a Ciência do Clima -, rótulos que adicionamos a certas publicações com informações confiáveis de especialistas e notificações que veiculamos nos Feeds das pessoas no Facebook e no Instagram. 

Apesar de todos esses esforços, há quem acredite que temos interesse financeiro em fechar os olhos para a desinformação. O oposto é verdadeiro. Temos toda a motivação para manter a desinformação longe de nossos aplicativos e tomamos muitas medidas para fazer isso às custas de usuários e aumento do engajamento em nossas plataformas.

Em 2018, por exemplo, nosso Feed de Notícias mudou para conectar as pessoas a publicações significativas de amigos e familiares. Fizemos essa mudança sabendo que isso reduziria algumas das formas de conteúdo que geram mais engajamento, como vídeo de formato curto, e faria com que as pessoas ficassem menos tempo no Facebook – e que foi exatamente o que aconteceu. A quantidade de tempo que as pessoas passam no Facebook diminuiu cerca de 5% no trimestre em que fizemos essa alteração.

Como acontece com todo desafio de integridade, a aplicação de nossas medidas nunca será perfeita, mesmo que estejamos aperfeiçoando nossas ações o tempo todo. Embora ninguém possa eliminar totalmente a desinformação da internet, continuamos usando pesquisas, equipes e tecnologia para enfrentá-la da maneira mais abrangente e eficaz possível. 



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