A partir do início de outubro de 2025, deixaremos de permitir anúncios políticos, eleitorais e sobre temas sociais em nossas plataformas na União Europeia. Esta é uma decisão difícil – tomada em resposta à nova regulação da UE sobre Transparência e Segmentação da Publicidade Política (TTPA), que impõe desafios operacionais significativos e incertezas jurídicas.
Consequências não intencionais de uma regulação excessivamente onerosa
Continuamos acreditando que a publicidade política online é uma parte essencial da política moderna, conectando as pessoas a informações importantes sobre os políticos que as representam e garantindo que os candidatos tenham uma forma acessível de alcançar seu público. É por isso que a Meta foi além de muitos de seus pares – e muito além do que é exigido por lei – para garantir que os anúncios políticos exibidos em nossas plataformas sejam autênticos e que as informações sobre eles sejam transparentes.
Desde 2018, disponibilizamos ferramentas que oferecem mais transparência para anúncios sobre política, eleições e temas sociais do que qualquer outra plataforma, online ou offline, além de outras proteções abrangentes. Os anunciantes que veiculam esses anúncios precisam passar por um processo de autorização, para comprovar quem são e onde vivem, e incluir a frase “pago por” nesses anúncios. Esses anúncios são então armazenados na nossa Biblioteca de Anúncios, disponível publicamente, onde qualquer pessoa pode acessar informações sobre segmentação e quanto foi gasto em cada anúncio.
Infelizmente, a TTPA introduz obrigações adicionais e significativas aos nossos processos e sistemas, criando um nível insustentável de complexidade e incerteza jurídica para anunciantes e plataformas que atuam na UE. Por exemplo, a TTPA impõe restrições extensas à segmentação e veiculação de anúncios, limitando a forma como anunciantes de temas políticos e sociais podem alcançar seus públicos e fazendo com que as pessoas vejam anúncios menos relevantes em nossas plataformas. Trata-se de mais uma ameaça aos princípios da publicidade personalizada, desconsiderando os benefícios para os anunciantes e para as pessoas que desejam alcançar.
Apesar do amplo diálogo com os legisladores para compartilhar essas preocupações, fomos confrontados com uma escolha impossível: alterar nossos serviços para oferecer um produto publicitário que não funciona para anunciantes nem para usuários, sem garantia de que nossa solução seria considerada conforme, ou deixar de permitir anúncios políticos, eleitorais e sobre temas sociais na UE. Não somos a única empresa a ter sido colocada nessa situação. Mais uma vez, estamos vendo obrigações regulatórias que, na prática, removem produtos e serviços populares do mercado, reduzindo a diversidade e a concorrência.
Nossa decisão é específica para a UE. Em outras regiões, continuaremos a oferecer nossas ferramentas líderes do setor, que garantem publicidade política autêntica e transparente. Isso também não impedirá que as pessoas na UE continuem a debater política em nossos serviços, nem que políticos, candidatos e detentores de cargos públicos produzam e compartilhem conteúdo político de forma orgânica. Eles apenas não poderão amplificar esse conteúdo por meio de publicidade paga.
Acreditamos que anúncios personalizados são fundamentais para uma ampla variedade de anunciantes, incluindo aqueles envolvidos em campanhas para informar os eleitores sobre importantes temas sociais que moldam o debate público. Regulações como a TTPA prejudicam significativamente nossa capacidade de oferecer esses serviços, impactando não apenas a eficácia do alcance dos anunciantes, mas também a capacidade dos eleitores de acessar informações completas.