A Meta reuniu, em evento nesta sexta-feira, uma série de experiências que mostram que tecnologias imersivas, como realidade aumentada e realidade virtual, já estão tendo impactos sociais e econômicos positivos reais. O Meta Innovation Day, realizado na Estação Hack, em São Paulo, teve como objetivo celebrar a inovação e fomentar iniciativas e políticas.
Executivos da Meta, autoridades públicas, criadores, investidores, estudantes e outros entusiastas do metaverso participaram do evento, que contou com palestras, oficinas temáticas e experiências interativas diversas.
Embora o metaverso ainda esteja em um estágio inicial de desenvolvimento, tecnologias ligadas a ele já estão sendo usadas no país. Os projetos presentes mostram que há oportunidades para diversas indústrias, como a moda, e setores, como a educação. Eles incluíram iniciativas que usam realidade aumentada e virtual a favor da acessibilidade e da transformação socioeconômica de comunidades vulneráveis.
A XPerience XR, por exemplo, desenvolveu um aplicativo que, usando a realidade aumentada, permite que alunos interajam com conteúdos dentro e fora de sala de aula. Com ele, é possível explorar a estrutura ocular ou as organelas celulares em 3D.
Já o Socialcrypto.art usa arte digital para impulsionar o desenvolvimento de favelas do Rio de Janeiro, foi um dos ganhadores do Desafio Comunidades no Metaverso e também esteve no Meta Innovation Day. O desafio, uma parceria da Meta e do BID Lab, laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), selecionou 10 projetos que já aplicam realidade aumentada e realidade virtual para avançar em questões como saúde, educação, criação de empregos, empreendedorismo feminino, cultura e acessibilidade urbana, entre outras.
O Meta Innovation Day também explorou quais os esforços necessários para fomentar um ecossistema de inovação brasileiro.
“Esse processo envolve fatores como apoio à criação de infraestrutura e à cultura empreendedora, incentivos públicos, colaboração entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Reunindo essas audiências e reflexões, o evento buscou estimular novas iniciativas”, afirma a gerente de Campanhas e Programas de Políticas Públicas da Meta no Brasil, Carol Ferracini.
O evento tratou, ainda, da construção responsável do metaverso. A experiência em realidade virtual “Posts Não Postados”, por exemplo, busca estimular reflexões sobre a nossa vida online, a partir do que escolhemos postar ou não em nossas redes sociais. Parceria da SaferNet Brasil, associação civil sem fins lucrativos focada na defesa de direitos humanos em ambientes digitais, com o Instituto Vita Alere, focado em prevenção e posvenção do suicídio, a iniciativa conta com fotos e depoimentos dos criadores João Pedrosa, Hana Khalil e Thaynara OG.
Já o diVerso é um projeto do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) focado no estudo dos impactos do metaverso em suas mais variadas dimensões, de proteção de dados à moderação de conteúdo.