No Brasil, usar termos em inglês faz parte do dia a dia de muitas empresas. Porém, muitas pessoas não têm fluência no idioma, o que pode fazer com que se sintam inseguras e despreparadas no ambiente de trabalho. Pensando nisso, a Meta criou, em parceria com a Indique uma Preta e a MOOC, o “Me Bote na Conversa”, um chatbot que traduz para português e explica o significado de termos corporativos, ajudando a tornar a comunicação mais inclusiva.
A proposta do Me Bote na Conversa é ajudar a quebrar a barreira linguística no meio corporativo, considerando que apenas 5% dos brasileiros têm alguma fluência em inglês* e que muitas empresas acabam usando o idioma no dia a dia de alguma forma. Termos como budget, approach e briefing se tornaram corriqueiros e nem sempre são compreendidos por todos.
“Pessoas que não tiveram acesso ao aprendizado de inglês podem se sentir deslocadas ou desconfortáveis no ambiente de trabalho. Isso pode deixar uma reunião, apresentação ou mesmo troca de informações diária pouco inclusivas. Idealmente, todas as empresas e agências usariam o português em todas as conversas e isso estaria resolvido. Mas sabemos que em empresas multinacionais, ou nas que as atendem, a troca de informações não tem esse controle total. Então o Me Bote na Conversa é uma ferramenta que ajuda a tirar todas as dúvidas com autonomia e privacidade. As definições estão todas simplificadas e aplicadas ao dia a dia”, explica Fernanda Guimarães, head do Creative Shop da Meta no Brasil.
O bot opera por meio de um chat no WhatsApp que pode ser acessado com facilidade e gratuitamente por qualquer pessoa. A base de dados já conta com mais de 350 termos co-criados com a Indique uma Preta e que são os mais usados nas empresas. A ferramenta também funciona de forma colaborativa e os usuários podem sugerir novas palavras para serem incluídas.
“Para nós, desenvolver a segurança psicológica de grupos historicamente minorizados dentro do mercado de trabalho é uma etapa essencial da inclusão. Além de acelerar esse processo, o Me Bote na Conversa ainda cria novas possibilidades para que pessoas negras e periféricas contribuam para debates de questões essenciais do negócio”, explica Daniele Mattos, co-fundadora da Indique uma Preta.
Para acessar o bot, basta adicionar o número +55 11 93456-5026 na agenda do celular ou clicar no link https://wa.me/5511934565026 para iniciar uma conversa. Em seguida, é só acessar o chat no WhatsApp e digitar o termo que deseja ser traduzido. Ao digitar “deadline” por exemplo, o bot informa que é “uma data combinada para a entrega de um trabalho” e ainda descreve a forma correta de pronunciar o termo em inglês.
“Para a MOOC, como agência criativa, fazer parte de construções de narrativas autênticas abre caminhos para as mudanças que de fato impactam os negócios e diferentes comunidades dentro da sociedade. As ferramentas têm a funcionalidade de facilitar a vida das pessoas. O Me Bote na Conversa, como uma ferramenta tecnológica, traz a essência de conectar e encurtar acessos, uma vez que as oportunidades nunca foram equilibradas e igualitárias em comparação com a proporção populacional. O impacto deste trabalho é uma das chaves de mudança que possibilitam às pessoas alcançarem o maior de seus potenciais, ultrapassando as barreiras iniciais do mercado de trabalho”, analisa Levis Novaes, co-fundador e Diretor de Estratégia da MOOC.
O time de Recrutamento da Meta no Brasil tem pensando em medidas para ultrapassar a eventual barreira do idioma que pode surgir nos processos seletivos de uma empresa global com fortes interações entre times internacionais. Uma destas medidas é que o time também passará a adotar o Me Bote na Conversa como ferramenta de facilitação na jornada dos processos seletivos no Brasil e como sugestão para recém-contratados.
“Diversidade é uma prioridade e está no centro de tudo o que fazemos na Meta. Uma empresa inclusiva é feita de pessoas de diferentes origens, culturas e experiências. A obrigatoriedade do inglês pode ser um grande limitador para atrair talentos que não tiveram a mesma oportunidade histórica. Iniciativas para deixar o mercado mais plural precisam acontecer ASAP, ou melhor, o mais rápido possível”, conclui Fernanda.