Durante meses, tentamos trabalhar com a Universidade de Nova York (NYU) para proporcionar a três de seus pesquisadores o acesso preciso que eles pediram, de forma segura para a privacidade. Hoje, desativamos as contas, aplicativos, Páginas e acesso à plataforma associados ao projeto Observatório de Anúncios (Ad Observatory Project) da NYU e seus operadores, após nossas repetidas tentativas de fazer com que suas pesquisas estivessem em conformidade com nossos Termos. O projeto Observatório de Anúncios da NYU estudou anúncios políticos usando meios não autorizados para acessar e coletar dados do Facebook, violando nossos Termos de Serviço. Tomamos essas ações para impedir a raspagem de dados (scraping) não autorizada e proteger a privacidade das pessoas, de acordo com nosso programa de privacidade e sob pedido da FTC.
Os pesquisadores reuniram dados criando uma extensão de navegador que foi programada para burlar nossos sistemas de detecção e raspar dados como nomes de usuários, anúncios, links para perfis de usuários e informações do “Por que estou vendo este anúncio?”, alguns dos quais não são visíveis publicamente no Facebook. A extensão também coletou dados sobre usuários do Facebook que não a instalaram ou consentiram com a coleta. Os pesquisadores já haviam arquivado essas informações em um banco de dados, agora off-line e disponível ao público.
Oferecemos aos pesquisadores vários métodos de proteção à privacidade para coletar e analisar dados. Nós acolhemos pesquisas que nos responsabilizam e não comprometem a segurança de nossa plataforma ou a privacidade das pessoas que a usam. É por isso que criamos ferramentas como a Biblioteca de Anúncios e lançamos iniciativas como Data for Good e Facebook Open Research & Transparency (FORT) — para fornecer APIs e conjuntos de dados protegidos em privacidade para a comunidade acadêmica.
Dissemos aos pesquisadores há um ano, que sua extensão do Observatório de Anúncios violaria nossos Termos, antes mesmo de lançarem a ferramenta. Em outubro, enviamos a eles uma carta formal notificando-os da violação de nossos Termos de Serviço e concedemos a eles 45 dias para atenderem ao nosso pedido para interromper a raspagem de dados em nosso site. O prazo terminou em 30 de novembro, muito depois do dia das eleições nos EUA. Continuamos a engajar com os pesquisadores para endereçar nossas preocupações sobre privacidade e lhes oferecemos maneiras de obter dados que não violassem nossos Termos.
No início deste ano, convidamos pesquisadores, incluindo os da NYU, a acessar com segurança os dados de segmentação de anúncios das Eleições dos EUA de 2020, por meio da Plataforma de Pesquisadores da FORT. Isto ofereceu aos pesquisadores do Observatório de Anúncios um conjunto de dados mais abrangente do que aquele que eles criaram ao rasparem dados no Facebook. Os pesquisadores tiveram a oportunidade de usar o conjunto de dados, que foi projetado para proteger a privacidade, em vez de depender de raspagem, mas eles declinaram.
Deixamos claro em uma série de posts, no início deste ano, que levamos a sério a raspagem não autorizada de dados e, quando encontramos instâncias de raspagem, investigamos e tomamos medidas para proteger nossa plataforma. Embora o projeto Observatório de Anúncios possa ser bem intencionado, as violações contínuas e ininterruptas das proteções contra a raspagem não podem ser ignoradas e devem ser remediadas. A coleta de dados via raspagem é um problema de toda a indústria que põe em risco a privacidade das pessoas, e temos sido claros quanto à nossa posição pública sobre isso tão recentemente quanto em abril. Os pesquisadores violaram conscientemente nossos Termos contra a raspagem de dados — que nos esforçamos muito para explicar a eles ao longo do ano passado. A ação de hoje não muda nosso compromisso em fornecer mais transparência em torno dos anúncios no Facebook ou em nossas colaborações contínuas com a academia. Continuaremos a fornecer meios para que pesquisadores responsáveis conduzam estudos que sejam de interesse público, ao mesmo tempo em que protegem a segurança de nossa plataforma e a privacidade das pessoas que a utilizam.