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Impulsionando a conectividade na América Latina

Por Lester García, líder de políticas públicas para a conectividade do Facebook na América Latina e Aline Mourão, gerente de políticas públicas do Facebook no Brasil

A missão do Facebook é dar às pessoas o poder de criar comunidades e aproximar o mundo, e a conectividade desempenha um papel central nesse objetivo. Na América Latina, por exemplo, trabalhamos em diferentes projetos em conjunto com nossos parceiros regionais para promover maior e melhor conectividade, com a expectativa de contribuir para reduzir o gap digital existente e as disparidades econômicas que ele gera.

É um longo caminho a se percorrer, mas há oportunidades. Para ilustrar, algumas estatísticas: em média, 59% das pessoas na América Latina têm acesso à Internet e, embora a cobertura de serviços móveis na região seja significativamente alta (perto de 92%, segundo a GSMA[1]), a disparidade entre a qualidade e a velocidade das conexões é grande, e a diferença entre os usuários com acesso ao 4G e aqueles com apenas 2G é de cerca de 30%[2].

Para ajudar a melhorar esse panorama o Facebook vem implantando diferentes iniciativas na região, focadas em duas diferentes frentes:

  • Programas de conectividade para aumentar as oportunidades de acesso por meio de parcerias com operadoras de telecomunicações, provedores de tecnologia e instituições financeiras para desenvolvimento; 
  • Projetos de infraestrutura para tornar sua própria operação mais eficiente, como a implementação de POPs, caches o cabo submarino Malbec, que conectará a Argentina ao Brasil e melhorará a conectividade entre os dois países, a região sul-americana e os Estados Unidos.

O Facebook e seus parceiros estratégicos entendem que esses projetos terão um efeito positivo nas comunidades e regiões em que são realizados. Para dimensionar o potencial desse efeito, o Facebook encomendou à consultoria global NERA um estudo chamado “Contribuição dos investimentos em conectividade para o desenvolvimento de sociedades latino-americanas”, que explora o potencial impacto econômico desses investimentos na redução do gap digital, expandindo a cobertura de banda larga e reduzindo custos.

O relatório calcula, com base em diferentes modelos, que em caso de expansão dos projetos que o Facebook vem realizando há potencial para contribuir com a geração de US$ 27 bilhões adicionais ao Produto Interno Bruto anual da América Latina, sendo US$ 12 bilhões só no Brasil. Além disso, calcula a potencial criação de 178.000 novos empregos induzidos por essas iniciativas na região, sendo em torno de 51.000 deles no Brasil. O relatório cita ainda que há potencial de produzir um superávit de US$ 500 milhões por ano através da redução de preços.

Uma das iniciativas de infraestrutura de conectividade na região, o projeto de Acesso Rural, por exemplo, busca reduzir os custos para as operadoras móveis por meio de uma combinação de tecnologias inovadoras. O principal projeto de Acesso Rural na América Latina é com a empresa de serviços de atacado móvel rural Internet para Todos[3], que busca implantar uma infraestrutura no Peru para beneficiar 6 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso à conectividade ou estão subconectadas.

Segundo o estudo da NERA, o “Acesso Rural” tem o potencial de estender a cobertura de banda larga móvel de boa qualidade a 29.8 milhões de pessoas, sendo 8 milhões delas no Brasil. Da mesma forma, projetos de hotspots WiFi rurais em associação com operadoras de satélite poderiam adicionar 550.000 conexões de banda larga de alta velocidade.

A NERA também analisou o impacto potencial do cabo submarino Malbec no Brasil[4], projetado para aumentar o uso da Internet, reduzir custos e, consequentemente, reduzir os preços finais aos usuários. Malbec poderá aumentar a penetração da Internet em cerca de 3% no Brasil. 

Igualmente, os investimentos em infraestrutura própria em caches e POPs podem reduzir os custos de conectividade internacional para as operadoras em cerca de US$ 440 milhões por ano e podem se traduzir em preços mais baixos para os usuários.

As tecnologias de comunicação podem ser um instrumento de desenvolvimento e impulsionamento econômico. Esta é uma tarefa que exige o trabalho conjunto de atores da sociedade civil, governos e empresas para criar as condições que viabilizam esses e outros projetos em benefício de toda a América Latina, e o Facebook está comprometido em contribuir para esse esforço.

O relatório completo da NERA está disponível aqui.


[1] Dados de 2018. A GSMA é uma associação comercial que representa o setor global de comunicações móveis.
[2] Dados do Índice de Inclusão na Internet.
[3] Internet para Todos é uma sociedade da qual o Facebook, Telefonica e os bancos de desenvolvimento BID e CAF também participam.
[4] O estudo realizou esses cálculos para o Brasil, Argentina e Uruguai, países onde o cabo submarino está atualmente implantado e / ou onde existe a viabilidade técnica de expandir seus benefícios.

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