O segundo dia do F8 foi concentrado nos investimentos a longo prazo que estamos fazendo nas áreas de Inteligência Artificial e Realidade Aumentada/Realidade Virtual. Na abertura do evento, o diretor de tecnologia Mike Schroepfer falou sobre as ferramentas de Inteligência Artificial que estamos usando para resolver uma série de desafios em nossos produtos – e por que ele está otimista sobre o que vem a seguir.

A apresentação de Schroepfer foi seguida pelas de Manohar Paluri e Joaquin Quinonero Candela da área de Inteligência Artificial do Facebook; de Margaret Stewart de design de produto; e de Lade Obamehinti, Lindsay Young e Ronald Mallet, todos da área de Realidade Aumentada/Realidade Virtual.

Inteligência artificial

A inteligência artificial impulsiona uma variedade de produtos e infraestrutura no Facebook. Nos últimos anos, ela esteve presente em nosso trabalho para detectar proativamente conteúdos que violassem nossas políticas. Para nos ajudar a detectar mais conteúdos problemáticos, nós estamos trabalhando para garantir que nossos sistemas de inteligência artificial possam entender informações com o mínimo de supervisão possível. E nós já demos os seguintes passos. Avanços em processamento natural de linguagem (NLP, em inglês) nos ajudou a criar uma linguagem comum para traduções, para que nós possamos encontrar conteúdo prejudicial em mais idiomas. E uma nova abordagem para reconhecimento de objetos chamada Panoptic FPN ajudou nossos sistemas equipados com inteligência artificial a entender contextos a partir do plano de fundo de fotos.  Modelos de treinamento que combinam sinais visuais e de áudio melhoram ainda mais os resultados.

Nosso trabalho no campo de processamento natural de linguagem é importante, mas diversas técnicas funcionam melhor para os idiomas mais comuns. Nós também precisamos de uma forma de oferecer suporte aos muitos idiomas em que o conjunto de amostras para treinamento é muito pequeno. Para esses idiomas, o aprendizado auto-supervisionado pode ajudar à medida que nós somos capaz de treinar modelos sem que humanos tenham que identificar conjuntos enormes de dados. Isso nos permite entender  melhor conteúdo relevante — incluindo violações de políticas — sem traduzir cada frase. Essa técnicas nos ajudam a garantir que todos os nossos classificadores estejam identificando conteúdo problemático em mais idiomas do que nós podíamos antes.

A inteligência artificial é fundamental no nosso trabalho para manter nossa plataforma segura —  mas nós sabemos que traz riscos. Sendo bem claros, ela pode refletir e ampliar o preconceito. Para resolver isso, estamos construindo práticas mais justas – para garantir que a inteligência artificial proteja as pessoas e não as discrimine – em todas as etapas do desenvolvimento de produtos.

Quando os modelos de inteligência artificial são treinados por humanos em conjuntos de dados envolvendo pessoas, existe um risco representacional inerente. Se os conjuntos de dados contém limitações, falhas ou outros problemas, os modelos resultantes poderão ter um desempenho diferente para pessoas diferentes. Para gerenciar esse risco, desenvolvemos um novo processo para a inteligência artificial inclusiva. Esse processo fornece diretrizes para ajudar pesquisadores e programadores a projetar conjuntos de dados, medir o desempenho do produto e testar novos sistemas por meio da lente da inclusão. Para imagem, essas dimensões incluem tom de pele e apresentação de idade e gênero. Já para voz, inclui dialeto, idade e gênero. O processo de inteligência artificial inclusiva está sendo usado agora por muitas equipes de produtos no Facebook e está incorporado no desenvolvimento de novos recursos.

Para conhecer melhor todas as nossas atualizações e avanços de inteligência artificial anunciados hoje, confira as publicações em nosso blog de Inteligência Artificial.

Realidade Aumentada/Realidade Virtual

Uma das áreas em que estamos usando o processo de inteligência artificial inclusiva é a de Realidade Aumentada. Os engenheiros do Spark AR (Realidade Aumentada) este processo para garantir que o seu software entregue os efeitos de Realidade Aumentada de qualidade para todos. Por exemplo, alguns efeitos são ativados a partir de gestos com a mão. Sendo assim, os dados de treinamento incluem vários tons de pele sob uma variedade de condições de luz para garantir que o sistema seja sempre capaz de reconhecer uma mão em frente à câmera. Os engenheiros do Oculus também estão usando esse processo para comandos de voz em Realidade Virtual, usando dados representativos de dialetos, idades e gêneros.

Enquanto trabalhamos para garantir que nossa tecnologia não exclua as pessoas, também estamos nos esforçando para garantir que ela ajude a unir as pessoas. E com a Realidade Virtual, vemos um futuro onde as pessoas poderão interagir e se unir, independentemente da distância física. Mas, para realmente alcançar isso, as pessoas precisam se sentir completamente presentes na Realidade Virtual. E isso significa que precisamos de avatares verdadeiramente reais, com gestos, expressões faciais e tom de voz que acrescentem nuances às nossas conversas.

Mostramos um realismo inovador em nossos rostos de Codec Avatares, que permitem que as pessoas interajam em tempo real em Realidade Virtual. Mas a comunicação genuína requer o corpo inteiro. É por isso que estamos desenvolvendo modelos totalmente adaptáveis ​​e baseados em física que reproduzem um avatar 3D com dados de um determinado número de sensores. Estamos usando uma abordagem em camadas que reproduz a anatomia humana e que pode se adaptar automaticamente para combinar perfeitamente à aparência e ao movimento único de qualquer indivíduo. Nós projetamos esses modelos de dentro para fora, desenvolvendo um esqueleto virtual e, em seguida, acrescentamos a estrutura muscular, pele e roupas. O resultado são avatares realistas – desde o movimento dos músculos até o caimento das roupas. Ainda temos um longo caminho a percorrer antes que esta pesquisa resulte em um produto, mas estamos animados com os resultados até agora.

Assim como a Realidade Aumentada, queremos tornar a Realidade Virtual inclusiva e segura para todos. Construímos sistemas preventivos – como um código de conduta para todos que usam ou desenvolvem para nossos headsets – que promovem cultura e interações respeitosas. E nós criamos sistemas reativos, incluindo ferramentas para denunciar ou bloquear usuários que violem nossas diretrizes.

Quando lançamos nossos próprios aplicativos sociais de Realidade Virtual, incluindo Spaces, Venues e Rooms, incorporamos segurança ao design central da experiência. Um vídeo com orientações apresenta às pessoas alguns dos recursos projetados para que se sintam mais à vontade interagindo com um grande grupo de pessoas enquanto estiverem em Realidade Virtual. Por exemplo, a bolha de segurança é um recurso que impede que pessoas ou objetos cheguem mais perto do que você gostaria. Se um avatar entrar na bolha de segurança de outro, os dois avatares se tornarão invisíveis um ao outro. Também temos moderadores ao vivo para ajudar a garantir um bom comportamento e analisar denúncias de ações inadequadas.

As ferramentas e estruturas que compartilhamos hoje são parte de como estamos nos preparando para o que vem a seguir. Para nós, este trabalho é sobre trazer vozes e oportunidades iguais para as pessoas em todo o mundo e ajudá-las a permanecerem conectadas umas com as outras. Para ler mais sobre os anúncios de ontem, leia nosso resumo do primeiro dia. Para mais detalhes sobre as notícias de hoje, consulte também nosso blog de desenvolvedores, blog de inteligência artificial, blog de engenharia, blog do Oculus, Central de Informações do Instagram e nossa Newsroom. Você também pode assistir a todas as apresentações da F8 na página do Facebook para Desenvolvedores.