Centro de apoio à inovação aposta em programa itinerante de tecnologia para treinar jovens de baixa renda em mais cidades; em São Paulo, serão oferecidos cursos de Inglês como parte da formação de programadores
A Estação Hack, centro do Facebook de apoio à inovação em São Paulo, capacitou 12.237 brasileiros em 2018, superando em 65% o número prometido para o primeiro ano de operação do espaço, que oferece bolsas para cursos de programação, desenvolvimento de aplicativos e empreendedorismo digital para jovens de baixa renda, além de mentoria para startups de impacto social.
Para 2019, a previsão é de oferecer ao menos 10 mil bolsas de estudo no local. A programação de cursos está sendo reforçada com aulas de Inglês, já que o conhecimento do idioma é importante para o aprendizado técnico e compreensão de materiais na área de programação. A metodologia de ensino adotada será da escola de idiomas CEL.LEP, parceira na iniciativa.
Outra novidade para este ano é o programa itinerante Estação Hack Na Estrada, para levar treinamento em tecnologia para outras cidades no país além do espaço físico na capital paulista. No cronograma de atividades está previsto o curso de programação que capacitará, em um dia, participantes a criarem seus próprios sites a partir do zero. “Até mesmo os alunos que nunca tiveram acesso a linguagens de programação poderão ter a experiência de terminar o treinamento com seus sites desenvolvidos, uma competência fundamental para quem deseja atuar na área de desenvolvimento de software”, diz o diretor da Estação Hack, Eduardo Lopes.
O Estação Hack Na Estrada também beneficiará empreendedores nas cidades pelas quais o projeto passar, oferecendo mentoria de especialistas e capacitação técnica para quem tem startups de impacto social com potencial de melhorar a vida das pessoas e das suas comunidades. As cidades que receberão o programa itinerante ainda serão definidas.
No caso do espaço físico em São Paulo, diversos cursos já têm inscrições abertas para este ano. Além disso, serão aceleradas até 20 startups em 2019, metade em cada semestre. O processo de seleção da primeira turma está em andamento e o principal requisito é que sejam soluções inovadoras voltadas para talentos e profissionais do futuro ou cidades inclusivas e sustentáveis. Interessados podem saber mais acessando a Página da Estação Hack no Facebook: www.facebook.com/estacaohack.
“A profissionalização de jovens em tecnologia na Estação Hack é uma das maneiras de o Facebook reforçar seu compromisso com o desenvolvimento da economia brasileira, estimulando a inovação no país”, afirma Lopes.
Balanço de 2018
No ano passado, 6.368 pessoas concluíram cursos de programação na Estação Hack, se preparando para uma área que segue com grande demanda de profissionais capacitados. As aulas tiveram como base a linguagem Javascript, que permite a atuação em variados projetos de desenvolvimento de software, e forneceu conhecimento em outras linguagens importantes, como PHP, Java e Python.
Os treinamentos na Estação Hack privilegiam jovens egressos do Ensino Público e de baixa renda, que muitas vezes não teriam a oportunidade de se qualificar por meio de cursos pagos. Em 2018, 65% do total de participantes eram egressos de escolas públicas e 39%, mulheres.
Aluno da Estação Hack em aula de vídeo 360º
Foram mais de 5 mil horas de aulas com conteúdos fornecidos por parceiros reconhecidos, como Mastertech, MadCode, Reprograma, JuniorAchievement, Recode e o Centro de Empreendedorismo e Negócios da FGV (FGVcenn). Os cursos tiveram, em média, 1.500 inscritos para cerca de 100 vagas cada. Entre os participantes, a taxa de evasão foi inferior a 5%.
Também em 2018, 20 startups de impacto social participaram do programa de aceleração da Estação Hack em parceria com a Artemisia – organização pioneira no apoio a negócios de impacto social no Brasil.