Por Katie Harbath, Diretora Global de Engajamento com Políticos e Governos
Para o próximo assunto da nossa série Questões Complexas, decidimos confrontar uma questão que tem sido importante para muitos de nós aqui, incluindo eu mesma: qual o efeito das redes sociais sobre a democracia?
Como alguém que trabalha há mais de 14 anos com engajamento cívico digital – os últimos quatro no Facebook – vejo essa questão com bastante importância. Durante muitos anos, a resposta pareceu mais fácil. Da Primavera Árabe a eleições importantes em todo o mundo, as redes sociais pareciam positivas. A última campanha presidencial dos Estados Unidos mudou isso, com interferência estrangeira que o Facebook deveria ter identificado mais rapidamente, com uma ascensão de notícias falsas e câmaras de eco.
Agora, estamos mais determinados do que nunca a lutar contra as influências negativas e garantir que nossa plataforma seja, sem dúvida, uma fonte para o bem da democracia. Há muito a construir sobre esse aspecto, do papel que as redes sociais desempenham ao dar às pessoas uma voz no processo democrático até sua capacidade de fornecer informações em uma escala sem precedentes. Nosso papel é garantir que o bem supere as forças que podem comprometer um discurso saudável.
Esse é o tema que estamos abordando nos próximos textos. Começamos com uma perspectiva de Samidh Chakrabarti, que lidera a equipe de Produtos de Engajamento Cívico do Facebook. E, pela primeira vez desde que lançamos a série Questões Complexas, publicaremos as opiniões de três proeminentes especialistas externos – nem todos concordam com a perspectiva do Facebook e oferecem algumas críticas diretas. Estamos fazendo isso porque uma discussão séria sobre essas questões não pode ocorrer sem um debate robusto. E pedimos a eles que respondessem a uma questão ampla e direta: as mídias sociais são boas ou ruins para a democracia? Os especialistas externos são o professor de Harvard e autor Cass Sunstein; o ex-presidente da Estônia e estudioso de redes sociais, Toomas Hendrik Ilves; e a professora de participação política na Universidade de Sydney, Ariadne Vromen. A série completa de textos estará disponível aqui.
Esperamos que esta série de artigos possa oferecer algumas perspectivas que você talvez não tenha pensado antes e desencadeie uma discussão sobre o tema. Suas visões são bem-vindas e enencorajamos você a compartilhá-las conosco pelo e-mail hardquestions@fb.com.
Samidh Chakrabarti, gerente de Produto, Engajamento Cívico
Em todo o mundo, as mídias sociais estão permitindo que as pessoas tenham uma voz nos governos – para discutir questões, se organizar ao redor de suas causas e cobrar de seus líderes políticos. Ainda recentemente, em 2011, as redes sociais desempenharam um papel crítico na Primavera Árabe em lugares como a Tunísia, e foram vistas como uma tecnologia para a libertação.